domingo, 27 de julho de 2008

>O Porquê da Cerimônia


Quero tua vulva
Molhada como a chuva

À míngua,
Chovendo na minha língua.

* * *

>E agora Fritz?


“Nietzsche está morto. Haha”. Deus

­

quinta-feira, 24 de julho de 2008

>Nova Pérsia

Gosto de ser como foram os romanos
Que incentivavam a fama [sic]
E a guerra.

Famosos são os alexandrinos
E helênicas mulheres parisienses.
Eu que queria ter nascido em Bactrina
­
E ter roubado Persépolis todinha pra mim
Pra sentar no trono do rei com um sorriso safado
E gritar: “TEMPOS MODERNOS!”

* * *

>Textículos de Uma Bíblia Sem Razão


“Cuidar-te-ia-vos de ti, pastor Zara.”

Assim falou-lhe-me meu Senhor.

“Porém, troque-se-lhe os cunhos, vago profeta. E não

te suportarás a vida de andante”

Querer-me-ias-lhe vossa presença em meu coração,

Senhor.


“O sangue que te escorre-vos não é o necessário

para teu povo. Não te assustas-o.”

Pois a ti te ofereço-lhe, além dos coágulos, meu e vosso


corpo-o. Sim, tu me amas e eu te amos.

Sois-me pedaço de lhe.

Tenho-ei-o para a eternidade.


Eternize-a-me em vossa paixão.

(Cobria-se-lhe de beijos)

“Chamar-te-ei-lhe-vos de Zaraústre e terás minha missão.”


* * *

>Marginal

­
­Minhas duas irmãs são como ferro e aço:

Uma, descabeçada da cabeça;

A outra, descabaçada do cabaço.


Mas ambas, gesto inconsciente

Como um breve beijo no cachaço,

Um poema sem palavras

Vagina: cano de passar gente.