quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

>Corpo descartável

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Preferes o meu colo ou minha alma?
Omito ser alma o que além do atrito
presta, porque és digno ou porque és digno de honesta idade
ao arderes quando clamas em tua calma cama onde tu amas.
Mas se presto, por favor ou devoção,
eu te adoro. Assim me vens com líquidas
palavras; azinhavras, azinhavras
este teu tom de azul de tanto tinto,
pois aqui no quinto jaz um blues.

***

Um comentário:

Anônimo disse...

Poeta fugidio, seu poema parece tua alma, que sem calma clama por ser dejado e adorado. Por que não te poes no prato ou no copo e te gazes degustar? Cair no vulcão da luxúria parece tua vocação maior, mas seras o fogo ou a fumaça? Serás tudo? Arder é preciso... Derreter-se também e amar muito mais! Ser chama, ser fogo, mas antes ser madeeira de lei que o cupim não roi (lembra da marchinha lá do Recife antigo?)... Viver,arder, amar... (Geraldo)